11 de October de 2022

Como o consumidor infantil é influenciado pelas embalagens?

Promotores em potencial, os pequenos são um nicho de mercado que não pode ser desprezado pelas marcas.

Adultos são atraídos pelas embalagens e com o consumidor infantil isso não é diferente. Desde cedo as crianças passam a ter atenção por cores e formas expostas nas prateleiras dos mercados e dos demais estabelecimentos comerciais. Assim, não se pode esquecer do poder de consumo dos pequenos. Confira dicas de como trabalhar as embalagens pensando nesse público.

Neste artigo você vai ver:

  • A influência das marcas nas crianças e adolescentes;
  • Um panorama geral do número de pessoas com até 19 anos no Brasil;
  • É preciso ter atenção com a lei que regulamenta publicidade para crianças;
  • Crianças são promotoras de marcas em potencial;
  • Quais são os pontos que devem ser lembrados ao se fazer uma embalagem para o público infantil;
  • Exemplos positivos e negativos; 
  • Um software para fazer todo o gerenciamento da cadeia produtiva.

A influência das marcas nas crianças e adolescentes

Toda criança ou adolescente já se viu fisgada por algum produto ou propaganda. Sejam marcas de brinquedos, alimentos, itens de higiene ou jogos, por exemplo, é difícil encontrar quem não tenha alguma lembrança infantil relacionada a alguma marca. Muitas vezes elas ganham o coração dos pequenos e o hábito de compra passa literalmente de pai para filho. Assim, você empreendedor, não feche os olhos para o potencial do consumidor infantil, pense de que forma ele pode arrebatar o coração dos pequenos e fazer parte até da história deles.

Panorama da infância e da adolescência no Brasil

Antes de começar a adaptar a sua embalagem ao consumidor infantil, é bom ter uma ideia do tamanho dessa população. Dados da Fundação Abrinq, estimam que 33% da população brasileira, composta por cerca de 213 milhões de pessoas, tenham entre zero e 19 anos. A região que concentra a maior faixa (comparado com o número de moradores) é o Norte, com 41,6%, seguido do Nordeste com 36,3%. No geral, a maioria vive nas áreas urbanas.

Fique atento à lei

Se você pretende investir em embalagens voltadas para o público infantil, é bom lembrar que existe regulamentação. As diretrizes estão na Resolução 163 do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), publicada em 2014. É ela quem define as regras da publicidade destinada às crianças no Brasil. Um caminho é ir sempre pelo viés educativo, assim você terá um produto bonito, mas que também cumprirá o papel de ensinar. O não cumprimento das regras pode implicar na retirada do produto do mercado, por isso fique sempre atento.

Crianças são promotoras de marca

O consumidor infantil é um influenciador, por meio dele, os pais passam a consumir produtos indicados pelas crianças. Tanto que há relatos de mudanças que começam pelos pequenos e atingem toda família, seja no consumo de produtos saudáveis ou até na alteração de hábitos.

Pontos que devem ser observados nas embalagens

Agora que já entendemos o contexto econômico e relevância em que as crianças e adolescentes estão inseridas, podemos pontuar alguns aspectos a serem considerados no planejamento de um produto.  

Invista nas cores

Crianças são atraídas por cores e por isso na hora de criar uma embalagem para consumidores infantis, não deixe essa característica de lado. As cores contribuem, por exemplo, para aprimorar a capacidade motora e cognitiva, raciocínio, fala e audição, entre outras funções essenciais.

Aposte nos desenhos

Personagens infantis, como heróis e princesas, emocionam as crianças. Os arquétipos de marcas que estão presentes no inconsciente desse público também. Ou seja, eles desencadeiam empatia e geram engajamento por marcas e empresas. Sendo assim, os diferentes arquétipos podem ser usados para contribuir com a escolha dos produtos. Mas fique atento, personagens que já existem só podem ser usados mediante pagamento do licenciamento

Formatos diferenciados

Hoje a indústria gráfica permite a adoção de diferentes formatos e uso de materiais termoflexíveis. Assim, é possível criar frascos com a forma de personagens, por exemplo, despertando o interesse do público infantil.

Pais são decisores

O produto é feito para as crianças, mas quem faz a compra são os pais. Por isso, invista em informações para eles nas embalagens. Associar a marca a informações positivas é fundamental.

Exemplo a não ser seguido

Em junho, o Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec) entrou com uma ação civil pública no Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) contra a Nestlé. O pedido era para que as empresas alterassem as embalagens dos compostos lácteos e de fórmulas que substituem o leite materno, pois as mesmas são idênticas e podem causar confusão. O principal problema é que os compostos não são recomendados a crianças menores de dois anos e as embalagens semelhantes poderiam causar confusão na hora da compra.

Impacto positivo

As marcas também têm influência positiva na mudança de alimentação das crianças, como o incentivo a comer de forma saudável. Algumas marcas de iogurtes utilizam personagens da Disney, por exemplo, e tem ainda as maçãs da Turma da Mônica que atravessam gerações e continuam nas prateleiras do mercado.

Da criação à prateleira

A criação de uma embalagem que agrade o público começa na cabeça do idealizador, passa para o papel ou tela, vai para testagem do material e por fim, vem a aprovação e produção. Tudo isso pode ser bem complexo, mas se você tiver apoio de um software como PackFlow para gerenciar toda a cadeia produtiva, fará toda diferença no processo.

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